O Observatório de Turismo do Centro de Portugal é um serviço autónomo da Entidade Regional de Turismo Centro de Portugal, desenvolvido em colaboração com as universidades e institutos politécnicos da região Centro de Portugal.
Assumir-se como uma referência em termos de idoneidade e excelência na recolha de informação e na monitorização da atividade turística da região Centro de Portugal, contribuindo para que todos os intervenientes na atividade possam tomar decisões baseadas no conhecimento.
Promover o conhecimento da atividade turística, através da sua análise, divulgação e acompanhamento, garantindo a idoneidade da sua produção técnico-científica, de modo a contribuir para o aumento da competitividade e para o desenvolvimento de uma atividade turística sustentável na região Centro de Portugal.
O trabalho do Observatório de Turismo do Centro de Portugal assenta em quatro vetores distintos:
Estabelecer um sistema próprio de produção estatística para o turismo da região Centro de Portugal, compatível com o modelo ETIS – European Tourism Indicator System, da União Europeia.
Criar e desenvolver níveis adequados de transmissão da informação relevante, em tempo real, aos agentes que operam na atividade turística da região.
Identificar as necessidades de formação e qualificação profissional de todos os agentes que intervêm na atividade turística da região Centro.
Promover, a nível local, intermunicipal e regional, a avaliação das políticas turísticas e a elaboração de novas políticas, consensuais e bem informadas, numa ótica de governância.
O Observatório centra-se na satisfação das necessidades de informação dos atores locais e regionais.
Suprimir lacunas de informação nos seguintes domínios:
Com vista a suprimir estas lacunas, o Observatório assume:
De forma a garantir a eficácia do Observatório na produção e disseminação da informação, foi elaborado um modelo de atuação com base no seguinte conjunto de atributos:
Com base nos inquéritos mensais realizados às empresas, o Observatório produzirá estudos regulares (barómetros).
Disponibilização de informação sistematizada e com elevado valor para a gestão das empresas, com base nos seguintes requisitos:
Adoção de procedimentos que favoreçam a fiabilidade e coerência da informação produzida com o apoio de um conselho científico constituído por investigadores das universidades e politécnicos da Região Centro.
Realização de estudos específicos sobre produtos turísticos inovadores oferecidos pela região, e sobre mercados emissores, potenciais ou emergentes, cujas necessidades e motivações se adaptem às especificidades da região.
Contribuição para a antecipação de tendências e comportamentos dos mercados e das alterações nos ambientes macro e microeconómicos, de modo a gerar vantagens competitivas face a destinos concorrentes.
Obtenção de dados primários de nível regional, com decomposição por concelho e freguesia, e atuação como repositório de dados relevantes produzidos por outras entidades.
Reunião de informação sobre todos os setores que interagem na cocriação da experiência turística.
Garantia da produção sistemática de indicadores que permitam uma avaliação rigorosa da atividade turística na região e da sua evolução.
A Região Centro de Portugal ocupa cerca de 28.000 km2 e conta com cerca de 2.3 milhões de habitantes, constituindo aproximadamente 31% da área total de Portugal e 22% da população residente no país. É limitada a norte pela Região do Norte, a leste por Espanha, a sul pelo Alentejo, a sudoeste pela Região de Lisboa e a oeste pelo Oceano Atlântico. A sua localização na parte central de Portugal, confere-lhe uma posição estratégica uma vez que se situa entre os centros urbanos nacionais mais importantes: Lisboa e Porto. A sua vasta abrangência territorial faz com que seja a maior e mais diversificada região do país, sendo composta pelas sub-regiões de Aveiro, Beira Baixa, Beiras e Serra da Estrela, Coimbra, Leiria, Médio Tejo, Oeste e Viseu Dão Lafões, e um total de 100 municípios.
Tendo em conta as dinâmicas populacionais, a região apresenta uma densidade populacional baixa, resultado das assimetrias existentes na região caracterizada pela desertificação das áreas do interior em contraste com as zonas costeiras, que são áreas mais povoadas e urbanizadas.
A economia regional é muito diversificada, sendo que o setor terciário é o que mais contribui para o valor bruto regional. O setor secundário também assume um papel muito relevante na economia regional e o setor primário é o que menos contribui.
A região Centro é muito rica em património natural e cultural, repleta de contrastes profundos, desde o mar da costa Atlântica às montanhas do interior e das grandes cidades às aldeias tradicionais.
Da região fazem parte as serras e montanhas do Sistema Montejunto-Estrela, da qual se destaca a Serra da Estrela, com belas paisagens e lagoas glaciares e as Serras da Lousã, Açor e Caramulo.
A região possui ainda nascentes termais que deram reconhecimento a cidades como Curia e Luso, entre outras; praias fluviais ou de mar, das quais se destacam Peniche e Nazaré, procuradas mundialmente para a prática de surf; florestas com áreas naturais excecionais, como é o caso do Buçaco; locais classificados pela UNESCO como património mundial da Humanidade, como é o caso dos Mosteiros de Alcobaça e da Batalha, do Convento de Cristo em Tomar e da Universidade de Coimbra; e locais singulares como as Aldeias Históricas, Aldeias do Xisto, castelos, vilas de casas brancas, como Óbidos, e cidades, como Coimbra dos estudantes, Aveiro entre a Ria e o Mar, e Viseu, Guarda e Castelo Branco, em que a arquitetura da pedra mantém os traços originais.
Na região são muitas as memórias e raízes da nossa nacionalidade, desde as artes e ofícios tradicionais, à gastronomia e vinhos e ao património cultural e histórico. Quanto às artes e ofícios tradicionais, a região costeira sempre foi rica em habilidades de vidro e cerâmica, enquanto os artesãos do interior trabalham tradicionalmente com argila negra, tecelagem de linho e cobre e ferro.
A gastronomia é diversificada e saborosa. Desde os queijos e enchidos, caldeiradas de peixe, leitão assado, ao mel ou doces conventuais. Os vinhos das regiões demarcadas são também bastante apreciados, sendo produto dos saberes das populações locais.
A Região Centro subdivide-se em 8 comunidades intermunicipais com um total de 100 municípios:
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